domingo, 9 de fevereiro de 2014

Diário: 22º ao 24º dia pós cirurgia


22º dia após a cirurgia

Nesses dias de dor, o tempo parecer
passar mais devagar! Que cômico!
Dividido. Comecei a notar encurtamento da musculatura na perna opera, principalmente da musculatura posterior da coxa e da panturrilha, sento dores bem constantes e sensação de estiramento. Tento por as pernas elevadas mas o estiramento é maior (muita dor) e não dá pra resistir muito tempo. Repeti as terapias manuais de movimentação da patela, mas o inchaço não permite lá muita coisa, pus gelo no final da tarde 3 vezes e usei também um massageador desses elétricos na região em que sinto o estiramento. Nenhum alívio ou resultado aparente. A perna esquerda (a não operada) vez ou outra demonstra sinais de fadiga. Os livros já estão terminando tamanha quantidade de tempo em que fico no marasmo, ao menos me faz esquecer um pouco da dor.


23º dia após a cirurgia

Tá Russo!!!
Inchaço parece estar maior, não consigo entender o motivo. Visto de perfil é ainda mais evidente. O corte lateral parece estar cicatrizando bem, finalmente. Parece que o repouso não tem sido suficiente, mas fico dividido entre o exercitar a perna afetada e o repouso absoluto. Bem, dada a situação, decido pelo repouso absoluto, foquei bastante no gelo durante, praticamento, todo o dia de 2 em 2 horas durante 30 minutos, revezando as bolsas térmicas na geladeira e até mesmo usando gelo mesmo, quando não dava tempo de "gelar" as bolsas no intervalo certo. Foram quase 10 vezes de gelo, quase 5 horas de gelo no joelho. De resto, algumas massagens, manipulação da patela, e só! Vou sonhar com bolsas de gelo ou com uma geladeira quem sabe...


24º dia após a cirurgia

Shit happens!
Inchaço bem melhor que no dia anterior. Hoje repeti todo o processo, repouso o máximo possível, e revezamento de gelo. Mas, hoje vacilei. O recomendado é que se use um pano fino para o gelo não entrar em contato direto com a pele, particularmente, não uso por achar que o pano, mesmo fino, não transmite sensação de temperatura suficiente quando o edema (inchaço) é grande, coisa minha! Prefiro contato direto. Porém, durante os revezamentos das bolsas de gelo, cometi descuidos ao lavar as bolsas, e, no contato direto com a pele, tive algumas pequenas queimaduras, possivelmente, dos cristais de gelo que formam na superfície da bolsa. Mas, nada de mais, ao menos houve uma motivante evolução!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Diário: 19º ao 21º dia pós cirurgia


19º dia após a cirurgia

Putting my legs up, in the air!
Parece-me que exagerei ao passar tanto tempo forçando o joelho sem auxílio das muletas, creio que ele esteja bem mais inchado que antes, principalmente na região medial acima da patela. Recebendo visita de uma amiga fisioterapeuta em casa, tomei broncas sobre as muletas, voltando a usar as duas novamente, em contrapartida, bastantes elogios pelos avanços. Já me foi adiantado por ela o que vou passar quando começar a fisioterapia, ela estranhou o tempo, relativamente, grande entre a cirurgia e a fisioterapia, disse que alguns já começam pouquíssimos dias depois da cirurgia enquanto que eu fiquei quase um mês, porém isso varia de acordo com a estratégia do médico. Também ganhei algumas dicas de como dar continuidade ao tratamento em casa junto com a fisio. Gelo ainda é meu melhor amigo, anti-inflamatório natural.


20º dia após a cirurgia

Nenhuma evolução quanto ao inchaço, insônia e problemas pessoais fizeram com que já adiasse  o começo da fisioterapia para próxima semana. Sem paciência, tratamento com gelo e outros cuidados também caíram por terra. Dia perdido, acontece!


21º dia após a cirurgia

Hello again! :(
Ainda com mesmo inchaço no joelho e também abaixo da patela, fiz a terapia do gelo, alguns exercício e voltei a usar as duas muletas para não foçar demais. Usando uma das dicas dadas pela minha amiga fisioterapeuta, fiz algumas técnicas manuais na região do inchaço, por meio de massagens e movimentação da patela. O uso das duas muletas me deixa novamente, super dependente, mesmo sabendo que o processo é longo, o sentimento de regressão, depois tanta evolução dia após dia, fica aceso. Espero ganhar mais ânimo quando começar a fisio, pois voltei a ficar com o psicológico seriamente abalado novamente.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Diário: 16º ao 18º dia pós cirurgia


16º dia após a cirurgia

Os melhores amigos do joelho operado!
De volta a por gelo rigorosamente de 2 em 2 horas (30 minutos). A sensação de pressão no joelho é que dificulta a mobilidade, Porém já sinto que posso aos poucos ir ultrapassando esses limites voltando aos exercícios e alongamentos:
  • Alongamento (tentar alcanças o pé na posição sentada  e em pé com pernas estendidas)
  • Contração dos  músculos da coxa em extensão.
  • Isometria da coxa elevada (resistência ao sustentar a perna elevada)
  • Elevação da coxa ( 3 X de 15 repetições)
  • Flexão e extensão (posição sentada 3 X 15)
  • Tração (Deitado deslizando a perna em direção a coxa - com grau de amplitude respeitado)
  • Adução e abdução (3 X 15)
  • Panturrilha (flexão plantar em pé e sentado)
  • Manipulação: Massagem na região edemaciada e Movimentação e estimulo da rotula.

As dores localizadas diminuíram um pouco. Fiz uma visita ao trabalho para rever os colegas e alunos, foi revigorante!


17º dia após a cirurgia

"Trupico, mas não caio!"

Bastante avanço na mobilidade do joelho, me sinto novamente motivado com a recuperação. Já não sou tão dependente das duas muletas usando apenas uma e, em alguns momentos, larguei até as duas em casa, dando passos cambaleantes, mas seguros. Mais uma pequena sessão de exercícios para manter o estímulo (ÍDEM ao dia anterior). É notável a perda de força de ambos os membros, aliás, do corpo como um todo. Porém, mesmo sabendo que  tal condição é sistêmica (afeta o corpo como um todo), creio que já não tenho mais desculpas para não praticar exercícios que não envolvam o joelho afetado. Programei um treino nessas condições e marquei a fisioterapia (conforme prescrito pelo médico). Movimento é vida!



18º dia após a cirurgia

Puro inchaço! Não dá nem pra ver o joelho!

Dia tranquilo. Toquei o curativo do corte lateral, apesar de já estar melhor cicatrizado, resolvi não deixar exposto colocando o adesivo microporoso apenas por cima, sem mais o intuito de pressionar o fechamento corte como antes. Andando sem auxílio das muletas me sinto menos dependente, arrisquei-me assim por bem mais tempo hoje. Fiz alguns exercícios, dificuldade grande na flexão ainda, não passa dos 90° às vezes nem chegando a isso, evitei flexão e extensão pois senti incômodo nas laterais do joelho, dor leve, mas não quis abusar. Comecei também alguns exercícios que não envolvem o joelho, flexões de braço e exercícios com Thera Bands (tubos elásticos). A sensação de voltar a "treinar" é bastante motivadora!

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Diário: 13º ao 15º dia pós cirurgia


13º dia após a cirurgia

Eu me remexo muito! 
E meu joelho parece não curtir isso! 
Resolvi passar no médico para uma revisão e comentar sobre o sangramento no curativo lateral do joelho. Ao retirar o curativo o corte aparentava estar um pouco aberto, o edema na região dificultou a cicatrização. Foi feito um novo curativo apenas nele, os outros cortes já estavam "sequinhos", tudo certo. Com o médico, conversa tranquila, me disse que estava ocorrendo todo conforme esperado e que eu continuasse com gelo, exercícios em casa e analgésicos quando extremamente necessário. A noite tive uma leve impressão do corte ter sangrado novamente devido ao meu "não parar quieto", como não chegou a superfície do curativo (não manchou), não me preocupei.



14º dia após a cirurgia

Franz Kafka - fica a dica de leitura! ;)
Dores bem localizadas na região medial (em torno de 4 a 5), percebi, também, uma considerável dificuldade na extensão total da perna, resolvi ficar mais atento sobre isso e estimular mais a musculatura. Ainda um pouco edemaciado (inchado) na região inferior a patela, não forcei muito, talvez devesse ater-me também a procurar diminuir esse inchaço que dificulta tal mobilidade e tentar atenuar a dormência na região da panturrilha. A rotina do trabalho começa a me bater saudades, marasmo afetando novamente. No dia a dia, a distração resume-se a: leituras, filmes, internet, jogos e escrever (no caso, este diário).



15º dia após a cirurgia

Visita de amigos sempre bem vinda. Metade do dia descontraindo. porém logo voltam as mesmas dores pontuais percebidas (mesma intensidade, 4 a 5 na escala de dor, por ser tão pontual já não faz nem necessário levar tanto em consideração, mas a dor existe) no dia anterior e mesma dificuldade para movimentar a perna, flexão e extensão bastante limitadas começam me preocupar e dormência na panturrilha persiste. Sentimento de frustração após ver tanta evolução dia após outro. Psicológico novamente abalado.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Diário: 9º ao 12º dia pós cirurgia

9º dia após a cirurgia

Impressionante melhora ao levantar pela manhã, dores entre 2 e 3. Melhor mobilidade, já consigo apoiar o pé afetado no chão com um pouco mais de segurança, o edema diminuiu facilitando os movimentos da articulação do joelho, mas panturrilha segue com dormência e falta de sensibilidade praticamente em toda a região sendo mais forte próximo ao tendão da patela (músculo Tibial anterior). Comecei alguns os exercícios recomendados para ativar musculatura:
  • Alongamento (tentar alcanças o pé na posição sentada)
  • Isometria da coxa elevada (resistência ao sustentar a perna elevada)
  • Flexão e extensão (respeitando limitação, até então de 60° + ou -)
  • Tração (deslizar a perna em direção a coxa - também com grau de amplitude respeitado)
  • Adução e abdução
  • Panturrilha (flexão plantar)
  • Estímulos na panturrilha (toques, massagem e gelo para ativar os receptores e melhorar a sensibilidade)

A noite ao tomar banho percebi, novamente, um pequeno sangramento no corte da região lateral, marcando o curativo, porém como fui orientado a somente retirar os adesivos depois de 7 dias, ignorei.



10º dia após a cirurgia

Acordando com tranquilidade ( 1 na escala de dor), bolsa de gelo religiosamente de 2 em 2 horas durante 30 minutos e pernas para cima quase que o tempo todo. Psicológico debilitado tamanha dependência para toda e qualquer tarefa corriqueira. Convite de viagem com os amigos foi bem vindo, mesmo sabendo das barreiras que vou enfrentar. De malas prontas, entrar no carro foi realmente um desafio, parti. Chegando lá noite tranquila, mas dor constante de 3 a 4.



11° dias após a cirurgia

Já na casa de praia com os amigos, dor em torno de 3, a mobilidade era a maior barreira, braços começando a dar sinais de cansaço devido as muletas. Grande incômodo ao ficar com a perna na posição vertical, sentado ou em pé, dores surgiam repentinamente, aumentando para 7 na escala. Mais um pequeno sangramento na mesma região do joelho, possivelmente devido ao meu "não parar quieto no lugar". Também notei pontos arroxicados maiores na região posterior do joelho estendendo-se para a panturrilha (ainda dormente) em pequenos trombos, consequência do inchaço. Nada de exercícios, os medicamentos também fugiram um pouco dos horários, mas o gelo continuou certinho de 2 em 2 horas e sempre que podia, pernas pra cima. Ao dormir, volta a velha dorzinha de 3 a 4 na escala de dor (PUF!)



12º dia após a cirurgia


Hora de voltar da viagem. Estar ao lado dos amigos e mudar a rotina foi revigorante. Cuidar da parte psicológica, debilitada pela dependência e ramerrame de marasmo, realmente foi importante, na minha opinião. Mesmo não tendo sido tão responsável com os horários dos medicamentos e exercícios, me sinto bem melhor. Sem dores ou abaixo de 1 durante todo o dia (manhã, tarde e noite), mas, na hora de voltar, entrar e sair do carro... Ai (7)!


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Diário: 6º ao 8º dia pós cirurgia

6º dia após a cirurgia

Volta das dores fortes, 7 a 8 na escala de dor, ao acordar. Região média do joelho mais inchada, pequenos pontos arroxicados na posterior, dores mais fortes na musculatura posterior. A noite, coincidentemente no mesmo horário (19h), quadro febril novamente, porém um pouco mais forte que do dia anterior, desta vez aferi, por volta dos 38,5°C. Fazendo com que voltasse a tomar o Nostalgia, mesmo por conta própria. Tomada a medicação a febre se foi e a dor diminuiu consideravelmente, passando, de acordo com a escala de dor, de 7 para 3 ou 2. Porém, um incômodo inexplicável no joelho, sem achar posição confortável, tirou minha noite de sono.



7º dia após a cirurgia

Dores insuportáveis novamente ao acordar, desta vez na posterior da coxa, daria 9 na escala. Após a medicação as dores diminuíram, 3 na escala. Resolvi aumentar o repouso, ficando o maior tempo possível com a perna elevada e bastante gelo. O inchaço continuou o que me deu a impressão de estar com alguma infecção, tendo em vista também os episódios de febre. Nesse momento de repouso as dores sumiram, chegando a 1 ou mesmo 0 na escala, aumentando em torno de 4 a 6 quando a perna ficava na posição vertical (ao levantar para ir ao banheiro, por exemplo). Pontos cicatrizdados normalmente, mas sentia na região do edema um latejar que perdurou até a noite. Quadro febril também no mesmo horário, 37,5ºC, que também diminuiu após medicação. Marcada a revisão com o médico para tirar dúvida e retirar os pontos.

Apesar da média no dia ter sido a mais baixa até então, ressalto para as dores chegando a 9 pela manhã, apesar da melhora ao longo do dia, não o considerei dos melhores em relação a dor, também pelo quadro febril percebe-se que, no geral, a evolução não têm sido positiva.

8º dia após a cirurgia


Dores, novamente, chegando a 9 na escala de dor, ao acordar. A posição vertical incomoda bastante, estado febril no fim da manhã em torno de 37°C, amenizado pelo medicamento. Chegando ao médico, foram retirados os pontos (colocado adesivos para melhorar cicatrização durante 7 dias), tive problemas na cicatrização de um dos cortes laterais (parecia um pouco aberto, como se o pontos dados não tivessem sido suficientes para fechá-lo), que sangrou um pouco, mas de acordo com as enfermeiras era comum acontecer e não era necessário grande preocupação. Fui orientado a continuar com o Novalgina, de acordo com o médico inchaço e a febre são esperados. Diminui o intervalo do gelo, que antes era 20min. de quatro em quatro horas, passando agora para 30min. de duas em duas horas. Já houve uma diminuição do edema e discreta evolução na flexão e extensão da perna operada. O procedimento do gelo me deixou quase o dia inteiro deitado ou sentado em algum lugar, vou precisar fazer um bom estoque de filmes e livros, o tédio bate forte! Dores na parte da tarde em torno de em 3 a 4. A noite dores chegando a 0, apenas leve incômodo ao levantar (posição vertical). Sono dos mais tranquilos desde a cirurgia.


Mesmo com a média mais alta que do dia anterior, e e mesma dor ao acordar (9), considero este o melhor dia em relação a dor até então. Ao menos não variou como no dia anterior, sendo, portanto mais intensa pela manhã e ao longo do dia amenizando o que traz um certo conforto (sensação de melhora).

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Diário: 2° ao 5° dia pós cirurgia

2º dia após a cirurgia

Dores terríveis (8 na escala de dor) ao levantar e aos poucos foi diminuindo. Notável inchaço do joelho na região medial, também, dor quase insuportável na região posterior da coxa (certamente nos tendões dos músculos flexores, região onde foi retirado o enxerto para reconstrução ligamento), me gerando uma enorme dificuldade ao sentar em cadeira pouco acolchoada. Na troca dos curativos um leve sangramento no espaço onde ficava o dreno (região da panela no corte medial). Tomar banho requereu técnica e jogo de cintura (kkk!), além de uma cadeira. Trocar de roupa é outro desafio. Movimentos da perna bastante limitados, definitivamente não dava para fazer nada do que o médico me recomendou, apenas ao caminhar com as muletas era que seguia o indicado de tocar o pé no chão. À noite as dores diminuíram, 3 a 4 na escala, deixando-me dormir tranquilo.



3° e 4° dias após a cirurgia

Dores na escala de 7, ainda, ao acordar. Nenhuma evolução quanto ao inchaço e a dor na posterior, que continuavam fortes numa constante (sensação era de alongamento forçado da musculatura) incomoda muito mesmo. Na troca de curativos, já não houve sangramento. No mais, medicamentos, repouso, gelo e pernas para cima. Tenho daqueles travesseiros triangulares, a posição é horrível e incomoda bastante, parece intensificar a dor na posterior, porém vejo pontos arroxicados na região podendo ser pequenos trombos e ficar de pernas para cima parece ser a melhor opção para não piorá-los. As dores diminuíram a noite, como no dia anterior de 3 a 4 na escala. Arrisquei algumas isometrias, mas dói bastante. Movimentos de flexão já apresentaram algum avanço e a noite de sono também foi tranquila também.



5º dia após a cirurgia

Dores mais amenas, 5 a 6 na escala, ao acordar. Sensação de diminuição do inchaço, boa evolução na movimentação principalmente da flexão, talvez em torno de 60 graus de amplitude. Porém apresentei quadro febril a noite por volta das 19h, não cheguei a aferir, medicações chegaram ao fim na parte da tarde, pode ter sido o motivo (talvez não devesse parar). Mas, pela indicação médica, era de apenas uma caixa de cada medicamento. Noite de tormento, dores, falta de posição confortável... Um inferno!